terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Destravando a Elasticidade da Nuvem para gerar ROI


A nuvem oferece inúmeros benefícios em sua adoção, contudo um desse benefícios acredito que seja o mais potencial para agregar retorno financeiro nos produtos de uma organização, a elasticidade. Conforme definição da Wikipedia, “a elasticidade é definida como o grau em que um sistema é capaz de adaptar-se a carga de trabalho através de provisionamento e desprovisionamento de recursos automaticamente, de forma que em cada ponto no tempo, os recursos disponíveis correspondam à demanda atual, tão próxima quanto possível”. Através dessa definição, podemos identificar que os recursos necessários para uma melhor experiência da execução de um produto, tanto no viés computacional, como também da alocação de custos, é a elasticidade dos recurso da nuvem, uma vez que eles poderão ter o tamanho exato para atender a demanda com qualidade.

Ainda assim, existe um ponto na elasticidade que precisamos considerar para ativar sua eficiência máxima, o tempo de provisionamento do recurso, Isso porque cada tipo de recursos da nuvem contém especificidades em sua criação, exemplificando, uma máquina virtual pode levar alguns minutos até que esteja disponível para utilização devido sua configuração de inicialização, em compensação, um imagem de contêiner pode ser criada em poucos segundos. O tempo de vida desses recursos tanto durante seu provisionamento até o seu completo desprovisionamento gerará custos. Por isso é importante analisar qual será a melhor arquitetura de recursos para habilitar uma elasticidade eficiente.

Agora que já entendemos como destravar com eficiencia a elasticidade dos recursos da nuvem, podemos relacionar essa habilidade com FinOps, porque dimensionar recursos em seu tamanho ideal conforme a demanda em um determinado momento, é a forma mais eficaz para gerar o melhor ROI (Retorno sobre o Investimento) em relação aos gastos da nuvem. Durante a fase Otimização de FinOps, existe uma tarefa Definição de Política de Otimização, nesta atividade o time de Operações deve definir quais são as melhores práticas e configurações para criação de novos recursos, garantindo assim dimensionamento adequado, evitando a existência de recursos maiores do que a necessidade, habilitando assim o melhor gasto versus a taxa de utilização. 

No livro “O Caminho das Pedras da Cultura FinOps”, além de tratar dessa atividade, ofereço outras ideias de tarefas e ações que poderão compor um plano personalizado para as organizações na adoção da cultura FinOs.  



Marcelo Goberto de Azevedo 

Cloud Leader na GFT Brasil

//marcelogoberto.com.br